Por que você não deve tirar suas dúvidas jurídicas com a IA, mas com um advogado de família
- Dr. Paulo Ladeira
- há 1 dia
- 2 min de leitura
O primeiro experimento com inteligência artificial foi a Thay, da Microsoft.
Esse bot conversava com as pessoas no twitter e aprendia com o teor das conversas.
O problema é que a internet é um local horrível: cheio de misoginnia, racismo, pornografia, e coisas deploráveis similares. E ela aprendeu isso também. E mais: passou a priorizar isso, pois esses comportamentos anti-éticos são conteúdo relevante da internet.
Em razão disso, a Microsoft decidiu retirar o robô da internet.
Alguns anos depois Sam Altman teve uma ideia sensacional: ele conseguiu impedir, com sucesso, que o robô dissesse algo que ofendesse as pessoas. Marcaram uma tarde, e ele apresentou o protótipo do chagpt ao Bill Gates. E a lenda da tecnologia fez de tudo para que o robô desse uma resposta inapropriada, não conseguindo. Então veio a benção para que a inteligência artificial passasse a ser usada pelo público.
Façamos uma pausa para revisar o que o ganhador do prêmio nobel em Haia disse:
"Cerca de metade do trabalho de um advogado decente consiste em dizer a candidatos a clientes que eles são idiotas completos e devem parar." Elihu Root, advogado e político americano do século XIX. Nobel da Paz em 1912, quando era Senador por Nova York
Temos, portanto, dois motivos para que uma pessoa deva consultar um advogado ao invés da IA:
O ser humano dirá a verdade a você. E às vezes você precisa ouvir algo inconveniente. Essa atitude ofende o treinamento do robô.
O ser humano respeita sua privacidade. O robô, nem sempre. Ele aprende com os diálogos dele mesmo, essa é a forma mais básica de treinamento da IA.
Um advogado familiar formado na USP não alucinará nas respostas.
Eu sou advogado da área familiar, e não faço nenhuma pergunta à inteligência artificial sobre divórcio, inventário, guarda, alienação parental. Sei que ela responderá errado. Sei também, que da forma como ela responde, detalhes importantíssimos são ignorados, mal interpretados e reescritos de modo que um leigo não conseguirá perceber qual o erro cometido pelo robô. Eu tive de estudar muito para perceber a besteira que o robô fala.
Por que isso ocorre? Pois o conteúdo jurídico do robô não é com teses de mestrado, doutorado, livros de graduação. É com a opinião do povão da internet, do reddit, do youtube, acobertada por uma linguagem enganosa e um treinamento que leva o robô a dizer exatamente o que deseja ouvir. Poderia existir advogado pior?
Contrate, portanto, uma consulta com o Dr. Paulo Ladeira, advogado especialista em direito da família e sucessões - ou seja, advogado familiar - com atuação em São Paulo e São José dos Campos, formado na Universidade de São Paulo (USP), campus Largo São Francisco, para esclarecer suas dúvidas.
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